Estratégico para Israel, setor de tecnologia vive momento de incerteza em razão do conflito com palestinos

Raquel Fanci Por Raquel Fanci

“Ninguém pode ter a certeza do que está por vir para o setor tecnológico até que a crise do Oriente Médio seja resolvida”, disse Sridhar Vembu

Sridhar Vembu, CEO da Zoho — multinacional indiana que desenvolve softwares e ferramentas de negócios — disse que o setor tecnológico vive um momento de grande incerteza em função do conflito Israel-Palestina, que se estende por pelo menos sete décadas e atingiu um pico de tensão no último sábado (7). Até o momento, foram registrados mais de 1,5 mil mortos em Israel e em Gaza.

A indústria de alta tecnologia tem sido, há algumas décadas, o setor de mais rápido crescimento em Israel e crucial para o desenvolvimento econômico do país, sendo responsáveis por 14% dos empregos e quase 20% do PIB. “É uma enorme interrupção dos negócios”, disse Jack Ablin, diretor de investimentos e sócio fundador da Cresset Wealth Advisors, em entrevista à Reuters.

“A economia começou a desacelerar mesmo antes da situação no Oriente Médio”, disse Sridhar. “Hoje, ninguém pode ter a certeza do que está por vir para o setor tecnológico até que a crise do Oriente Médio seja resolvida”, acrescentou o executivo em entrevista à CNBC. Ele ainda afirmou que embora o cenário global de TI já parecesse fraco, a crise no Oriente Médio poderia piorar a situação.

A Zoho vem registrando uma desaceleração acentuada em todos os seus produtos e regiões geográficas desde setembro: “As aquisições e renovações de clientes desaceleraram em todos os níveis”, disse o próprio Sridhar. “O crescimento da aquisição de clientes caiu de 10% a 15%”, relatou o executivo, que figura entre os bilionários da Forbes em seu país com um patrimônio de US$ 3,8 bilhões.

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