Setor de tecnologia sustenta cada vez mais a economia nos EUA

Raquel Fanci Por Raquel Fanci

O Conselho da Indústria e Tecnologia dos Estados Unidos (ITI) divulgou na última quinta-feira (6) um relatório com dados atuais sobre o crescimento do setor de tecnologia no país, com destaque para a expansão fora dos grandes polos tecnológicos, como Califórnia e Nova York.

No Alabama, as startups representam 16% dos empregos no estado. Em Vermont, as exportações de produtos de tecnologia representam 5,5% da economia, que é uma das regiões que mais geram renda no país. “Há demanda por trabalhadores qualificados, há demanda por financiamento coletivo e até mesmo por startups de alta tecnologia em vários estados do país, não apenas nos estados que possuem os polos tecnológicos” disse o presidente e CEO do ITI, Jason Oxman.

Segundo o documento, o estado da Virgínia foi um dos que mais cresceram, com investimento de US$ 6 bilhões em pesquisa e tecnologia, e 34,4% dos trabalhadores da região empregados em empresas da área.

Impacto da pandemia
Apesar do avanço das empresas de tecnologia nos Estados Unidos, ainda existem regiões do país que estão em busca de crescimento no segmento. Neste sentido, a pandemia da Covid-19 é um grande obstáculo. O avanço da doença está atrapalhando o progresso tecnológico em alguns estados.

Um exemplo é a região de Heartland (no centro do país), que está muito atrás dos mercados costeiros, quando se trata de atrair startups. Os dados mostram uma forte correlação a nível estadual entre o emprego em vagas de computação, matemática, ciências e engenharia na região.

Isso indica que há mão de obra qualificada, o que segundo o próprio relatório, impacta salários, tornando a região mais atraente para trabalhadores menos qualificados. O resultado é o baixo crescimento de empresas de tecnologia na região.

Entretanto, a economia tecnológica não é uma proposta única de crescimento em todas as regiões do país segundo o CEO da ITI. “É realmente importante para os estados se concentrarem naquilo que fazem de melhor, e não se concentrarem a ser a próxima São Francisco” concluiu Oxman.

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