Depois de briga entre empresas, Rio apresenta na quarta planos para festa de Réveillon

Raquel Fanci Por Raquel Fanci

Depois da virada silenciosa de 2020 para 2021 e da festa sem shows no último Réveillon, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciará nesta semana quais serão os moldes da festa programada para daqui menos de 20 dias. Antes do anúncio, as empresas que participaram da licitação travaram uma briga judicial para conseguir organizar a festa.

A vencedora do pregão foi a M/Checon Design e Cenografia LTDA, sediada em São Paulo e especializada em montar, da estrutura de grandes shows, a hospitais de campanha durante a pandemia.

Entre os eventos com cenários construídos por eles estão festivais como Tomorrowland, Lollapalooza e Rock in Rio, com participações na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, quando realizadas no Brasil. Durante o processo de apresentação de documentos, no entanto, a empresa paulista foi desclassificada.

O edital previa telões de LED de grande formato em Copacabana, sistema de som com palcos para shows e queima de fogos. Os fogos serão disparados simultaneamente em nove pontos: Praia de Copacabana, Piscinão de Ramos, IAPI da Penha, Praia do Flamengo, Praia de Sepetiba, Madureira, Praia da Bica (Ilha do Governador), Praia da Capela (Guaratiba) e Praia da Moreninha (Paquetá). Para o show em Copacabana serão licitadas 10 balsas e a queima de fogos tem duração de pelo menos 12 minutos.

Os problemas começaram quando a proposta da SRCOM, concorrente da M/Checon, apresentou uma carta de intenção de patrocínio de uma farmacêutica tida pela equipe da Prefeitura como vaga.

O documento falava em ‘real intenção de avaliar a proposta de cota de patrocínio’ da promotora de eventos. Ele foi considerado insuficiente e, com o prazo adicional, a empresa conseguiu uma carta do governo do Rio de Janeiro sugerindo que usaria a Lei de Incentivo à Cultura para ajudar a custear a queima de fogos, o que também não atendeu ao proposto no edital, segundo a equipe que promove o evento.

Já a ganhadora do pregão havia apresentado uma carta de uma empresa de garrafas de vidro e embalagens de bebida, com intenção de aportar R$ 15 milhões na festa.

Em outubro, a SRCOM questionou o resultado e os documentos apresentados pela ganhadora, mas em novembro a Comissão da Riotur, que cuida da festa, rejeitou o recurso e manteve a M/Checon como organizadora do Réveillon do Rio de Janeiro.

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